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Reabilitando Através da Arte

O PROJETO REABILITANDO ATRAVÉS DA ARTE visa integrar as pessoas privadas de liberdade, primeiramente entre si e depois à sociedade, através do teatro.

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História

O Projeto iniciou-se em setembro de 1997  através de intenso trabalho na Casa de Detenção Ênio Pinheiro dos Santos, contando com a experiência e vivência do teatrólogo Marcelo Felice e equipe, bem como, a iniciativa e realização do Sest/Senat de Porto Velho -Ro, na pessoa do Sr. Luiz Marques, Diretor Geral na época. 

 

Abordando a história de vida dos atores/detentos e egressos do sistema prisional, o espetáculo permaneceu em cartaz por 16 anos, envolvendo aproximadamente 1270 apenados em alternada participação. O Projeto passou a ser referência na ‘reabilitação da pessoa privada de liberdade’, circulando por sete capitais brasileiras, inclusive apresentando-se na ONU, no 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, em Salvador, Bahia.

 

Em 2012 surgiu a necessidade de um novo trabalho, culminando com a realização da peça “O Topo do Mundo”, tendo como embasamento o ENEAGRAMA com base nas teorias do Dr. Cláudio Naranjo, além de um estudo comportamental e terapêutico com os detentos do presídio José Mário Alves da Silva (Urso Branco). Se “Bizarrus” aborda a experiência de vida de homens que cometeram crimes e pretendem se reabilitar, “O Topo do Mundo” constitui-se numa abordagem metafórica das prisões internas de cada indivíduo e nos desvios de comportamento que os conduziram ao erro, responsabilizando cada um desses homens pela sua conduta e remissão.

  

O espetáculo “Bizarrus” traz uma abordagem metafórica do momento atual seguido da grande crise de identidade humana e, uma vez mais, partindo da história individual de cada interno, pretende identificar traços em comum de violência que levam à criminalidade e a um caminho, muitas vezes sem volta, do sistema prisional.

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 O Projeto “Reabilitando através da arte” atende a uma urgência de tornar mais humano o sistema prisional brasileiro, permitindo uma efetiva reabilitação do apenado e, ainda, produzindo um produto artístico de alta qualidade. Já foram mais de 100.000 espectadores numa circulação por sete capitais brasileiras, mas ainda há muito mais a ser feito. Caso não haja uma premente política de continuidade, este Programa corre o risco de se extinguir, prejudicando o próprio sistema prisional e a história do mais bem-sucedido espetáculo teatral de Rondônia: Bizarrus, que se manteve por mais de dez anos.

Em participação no 12º Congresso das Nações Unidas de Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, “Bizarrus” foi considerado modelo em processo de reabilitação de presos e também já foi tema da tese de doutorado de Maria Hercília Rodrigues Junqueira, pela USP.

No documento acadêmico, Maria Hercília (2005) diz: “Este estudo buscou compreender como a psicologia (psicoterapia), a arte (teatro) e a profissão (emprego) poderiam facilitar o processo de crescimento de presidiários, ajudando-os a repensarem e planejarem suas vidas, possibilitando o retorno ao meio social, familiar e pessoal.”

Outro aspecto importante de ressaltar é o universo inumano em que surgiu e se desenvolveu o “Reabilitando pela arte: Cultura de Paz pela Não Violência”. Apenas no período entre 2000 e 2007 ocorreram mais de cem mortes violentas na Casa de Detenção José Mario Alves da Silva, o Urso Branco. O Estado Brasileiro foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos devido às torturas e execuções sumárias que estavam ocorrendo no presídio em retaliação à ação dos presos. Somente em 2011 as medidas cautelares impostas ao país foram suspensas, devido ao cumprimento da sentença pelo País.


Neste cenário de barbárie institucionalizada persistiu o Programa “Reabilitando pela arte: Cultura de Paz pela Não Violência”, construindo uma perspectiva humanitária de reinserção social, que tem gerado diversos indicadores de sucesso, destacando-se principalmente a reinserção social de vários ex detentos, com índice de reincidência zero. Assim sendo, o Pacto Para Melhoria do Sistema Prisional do Estado de Rondônia, documento firmado entre dezesseis órgãos e instituições federais e estaduais - incluindo Governo do Estado de Rondônia, Tribunal de Justiça de Rondônia, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça, etc., possui em seu Eixo: Aperfeiçoamento dos serviços,  mobilização  e  inclusão  social,  um  projeto  intitulado: “Fortalecimento do projeto Bizarrus como ação de Estado”. O pacto especificou como unidades executantes a SEJUS e o DEPEN.

BIZARRUS

Ao longo dos mais de 10 anos do Projeto, o espetáculo Bizarrus foi destaque de:

- Matéria do Programa “Fantástico” da Rede Globo;

- Apresentação no Projeto “Balaio Brasil”, no teatro do SESC Pompéia/ São Paulo, palco dos maiores eventos da capital paulista;

- Exibido na TV Cultura, TV SESC e Amazon-SAT;

- Manchete diversas vezes nos maiores jornais escritos e televisivos do Estado de Rondônia;

- Reportagem no jornal “O GLOBO-RJ”;

- Participou, a convite do Conselho Britânico e do Governo de Pernambuco, do Teatro “Construindo a Cultura”, em Recife/PE;

- Apresentação no “Fórum Cultural da Amazônia” em Belém/PA;

- Apresentação no “Fórum Mundial da Cultura” em São Paulo/Capital; Viagens pelo interior do Estado de Rondônia;

- Apresentação no “80º Encontro de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil” /Rondônia - 2009;

- Apresentação para o Ministério da Justiça, na “1ª Conferência Nacional de Segurança Pública/CONSEG” em Brasília, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães/2009;

- Apresentação para a ONU - Organização das Nações Unidas no “Centro de Convenções” da cidade de Salvador/Bahia/2010;

- Apresentação em São Paulo pelo Conselho Regional de Segurança Pública na FIESP. (2011);

- Apresentação para os participantes do 4º Encontro Nacional das Escolas de Servidores e Gestores do Poder Judiciário, em 2013;

- Em 2013 o Projeto Reabilitando Pela Arte Cultura de Paz pela não Violência ganhou o prêmio “Boas Práticas na Execução Penal” do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça.

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Documentário "Bizarrus"

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GALERIA

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